quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Plutão - Chegada de nave abre campo de exploração

Nasa registrou imagem da maior lua de Plutão, a Charon

Classificado como planeta anão em 2006, Plutão seguia inexplorado pela Ciência, mas depois de histórica viagem de nove anos e uma distância percorrida de cinco bilhões de quilômetros, teve suas primeiras imagens em alta resolução reveladas na última semana. A nave espacial da Nasa, batizada de News Horizons - de 700 milhões de dólares e do tamanho de um piano -, passou apenas a 12.430 quilômetros da superfície. A sonda tirou fotografias com uma resolução de cerca de 100 metros por pixel e recolheu de Plutão e de suas cinco luas dados que devem demorar 16 meses para serem totalmente conhecidos. Desde 1989, uma nave não visitava um sistema planetário.

De acordo com John Grunsfeld, administrador adjunto da missão, conhecer detalhes sobre Plutão tem captado a atenção do público porque revela notícias sobre a origem da Terra e gera mais perguntas, como, por exemplo, se a vida extraterrestre é possível. “O sistema de Plutão é um fóssil dos primórdios do sistema solar. Agora sabemos de onde viemos. Isto abre um novo campo na exploração”, disse Grunsfeld.

Descobertas

As fotos da sonda revelam que o planeta anão tem uma superfície cheia de curiosidades: de uma imagem escura com forma de baleia até uma silhueta clara e brilhante que se parece com um coração - uma planície congelada sem crateras com cerca de 20 quilômetros. Também descobriram que Plutão é um pouco maior do que se pensava, com um raio de 1.185 quilômetros.
 
Plutão tem cordilheiras geladas em sua superfície, com montanhas de altitude de 3.400 metros. “A base que forma estas montanhas deve ser feita de H2O, de água-gelo”, explicou Alan Stern, principal cientista da missão. Existem outros tipos de gelo sobre a superfície de Plutão, formados a partir de nitrogênio, metano e monóxido de carbono. Mas “não é possível fazer montanhas a partir disso. Seria muito fraco”, explicou John Spencer, um dos cientistas do projeto.

A Nasa, agência espacial americana, também informou que Plutão é geologicamente ativo e contém áreas que, em termos astronômicos, são bastante jovens: talvez menos de 100 milhões de anos.

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