quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Nasa descobre planeta "primo mais velho" da Terra



Astrônomos que estão à procura de outro planeta Terra no Espaço encontraram um corpo celeste que pode ser o mais parecido até agora: um globo rochoso na órbita de uma estrela à distância correspondente entre a Terra e o Sol. Foi o que informou, em Washington, a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa), agência espacial dos Estados Unidos.

O planeta, distante cerca de 1.400 anos-luz da Terra, poderia oferecer uma ideia do que será o apocalíptico futuro da Terra, de acordo com os cientistas. Batizado de Kepler 452b, o corpo celeste foi detectado pelo telescópio espacial da Nasa orbitando a Terra, o Kepler, instrumento captando imagens minuciosas do céu em busca de outros mundos, desde 2009.

“O Kepler 452b está orbitando um primo próximo do Sol, mas que é 1,5 bilhão de anos mais velho”, declarou a Nasa em um comunicado. Além disso, essa estrela é 4% maior que o Sol e 10% mais brilhante. O planeta dá uma volta completa em torno de sua estrela em 385 dias e seu raio é 60% maior que o da Terra. Também há muitas possibilidades de que seja rochoso, apresenta uma atmosfera espessa e poderia ter água em estado líquido que facilite a existência de vida.

Se o planeta é rochoso, e os cientistas têm razões para acreditar que sim, poderia, então, estar em meio a um cenário terrível, já que o calor de sua estrela moribunda estaria evaporando os lagos e oceanos. “Se Kepler 542b é realmente um planeta rochoso, sua localização em relação a sua estrela poderia significar que está passando pela pior fase de efeito estufa de sua história climática”, declarou o astrônomo Doug Caldwell, representante na missão Kepler da instituição Pesquisa de Inteligência Extraterreste (Seti), cuja meta é buscar formas de vida fora da Terra.

“A crescente energia de seu sol envelhecido poderia estar aquecendo a superfície e evaporando qualquer oceano que exista. O vapor d’água poderia estar se perdendo do planeta para sempre”, acrescentou. Em conclusão, “Kepler 452b poderia estar experimentando agora o que sofrerá a Terra daqui a um bilhão de anos, à medida que o Sol envelheça e se torne mais brilhante”.

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