quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Nasa divulga imagens raras da conquista da Lua


Um arquivo de mais 11 mil imagens das missões Apollo foi disponibilizado na web, e em uma página do Flickr. As imagens históricas de todas as missões tripuladas realizadas entre 1961 e 1972 foram escaneadas e postadas online em um projeto que já dura 15 anos

A equipe da missão Apollo 9 inicia uma caminhada espacial

Kipp Teague é o fundador do Project Apollo Archive e disse à BBC que “grandes cortes de orçamento” levaram a agência espacial americana a admitir que não tinha os recursos para publicar esse acervo. Então, Teague resolveu publicar as fotos online.

O projeto foi criado em 1999 e era, como o próprio Teague escreveu no site, uma “retrospectiva pessoal da era da corrida espacial”. Mas ele começou a ser questionado sobre sua decisão de editar algumas imagens.

Esta é uma imagem da órbita lunar feita durante a missão Apollo 15

Então, desta vez, Teague postou as imagens sem edição, em alta resolução. “Muitas vezes, durante todos estes anos, me perguntaram se eu poderia disponibilizá-las de um jeito mais acessível. Senti que era o momento que mostrar as versões com resolução total, sem edição”, disse Teague à BBC.

Uma imagem mais próxima da superfície da Lua

As imagens finais foram coletadas nos últimos “quatro ou cinco anos” e mostram desde imagens da Terra e da Lua até as fotos mais famosas das caminhadas na Lua.

A galeria de fotos é um projeto que Teague lançou em colaboração com a revista Apollo Lunar Surface Journal , de Eric Jones, que Teague descreve como “a bíblia das missões Apollo”.


Acervo chegará a 13 mil

No momento são pouco mais de 11 mil fotos carregadas no Flickr, mas Teague espera conseguir colocar 13 mil imagens dentro de poucos dias. E, por enquanto, a página já conta com mais de 20 mil seguidores, algo que surpreendeu Teague. “Acho que isto significa que o apetite (pela história espacial) existe no mundo todo.”

Cada foto tirada na Lua pelos astronautas foi feita com antigas câmeras Hasselblad, que ficavam presas no peito do astronauta. Além destas, também foram colocadas no Flickr imagens das jornadas dos astronautas entre a Terra e a órbita lunar.


É possível ver também fotos de eventos nem tão importantes, como os astronautas comendo a ração que podiam levar nas viagens, testando veículos de exploração lunar ou simplesmente sorrindo para a câmera, usando os antigos trajes e equipamentos. (das agências de notícias)

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Japonês e canadense ganham Nobel por descoberta sobre neutrino



O japonês Takaaki Kajita e o canadense Arthur B. McDonald foram anunciados ontem como os vencedores do prêmio Nobel de Física em 2015 por suas “descobertas históricas” sobre o neutrino, uma partícula cósmica fundamental para compreender o universo e sua origem.

Kajita, nascido em 1959, e McDonald, nascido em 1943, refutaram um princípio da física quântica, admitido durante muito tempo, segundo o qual o neutrino não tinha massa: assim, a revelação de ambos representa o triunfo da matéria sobre a antimatéria.

Seus trabalhos conduziram à “conclusão, de considerável alcance, de que os neutrinos, durante muito tempo considerados como carentes de massa, a possuem, apesar de frágil”, destaca o júri, que elogiou a “descoberta histórica”. Isto permite compreender o funcionamento interno da matéria e um melhor conhecimento do universo, explicou o júri da Real Academia Sueca de Ciências.

Contactado pela Fundação Nobel, Takaaki Kajita contou que recebeu a notícia do prêmio de colegas suecos, quando consultava seus emails.

“É uma verdadeira surpresa para mim. É um pouco difícil de acreditar”. disse.

Arthur McDonald afirmou que compartilhava o prêmio “com vários colegas que realizaram um trabalho considerável”. O neutrino, partícula elementar da matéria - que pode ser comparado a uma partícula-fantasma ou a um camaleão - está um bilhão de vezes mais presente no universo que cada um dos integrantes do átomo, mas, apesar disto, é incrivelmente difícil de ser detectado.

O neutrino, que intriga os físicos desde os anos 60, está, de fato, desprovido de carga elétrica, o que permite atravessar todo tipo de obstáculos. Sua existência foi formulada em 1931 pelo austríaco Wolfgang Pauli, prêmio Nobel de 1945, e demonstrada de maneira experimental 25 anos mais tarde pelo americano Frederick Reines, prêmio Nobel 1995.

Em 2002, o Nobel recompensou o americano Raymond Davis Jr e o japonês Masatoshi Koshiba, que revelaram as famosas oscilações do neutrino: ao propagar-se no espaço a uma velocidade próxima à luz, o neutrino tem a curiosa faculdade de metamorfose em três formas ou identidades diferentes.

Mas o neutrino ainda permanecia com seus segredos, pois os cientistas discordavam sobre a massa desta partícula: alguns a consideravam nula e outros muito frágil, inferior à milionésima parte da massa do elétron.Por isto, um dos grandes desafios é “captar” os evasivos neutrinos.


Saiba mais

Enquanto milhares de bilhões de neutrinos atravessam nosso corpo a cada segundo na velocidade da luz sem que sintamos absolutamente nada, Takaaki Kajita e Arthur McDonald conseguiram provar que os neutrinos são verdadeiros camaleões capazes de se transformar e inclusive, às vezes, voltar a seu estado inicial.Emitidos pelas estrelas e a atmosfera, também podem ser criados pela radioatividade beta, como a que é gerada pelas centrais nucleares.Atualmente, três espécies de neutrinos foram identificados. O neutrino do elétron, neutrino do múon, associado a um elétron pesado e o neutrino do tau, associado a um elétron ainda mais pesado.

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